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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estação Arqueológica de Parreitas!

Foi no passado dia 28 de Agosto que o grupo de amigos "Os Fincadas BTT Juncal" se deslocaram para mais um passeio de BTT matinal, desta vez o destino foram as zonas de Alcobaça, Barrio e Valado dos Frades.
Percorremos todas estas zonas por trilhos magníficos alguns bastante fechados e quase intransponíveis, mas como íamos com um espírito descobridor e sem rota definida as dificuldades foram-se ultrapassando, e já perto do final da volta deparamo-nos com um grande monumento histórico a "Estação Arqueológica de Parreitas" onde aproveitamos para tirar a nossa foto do dia.
A Villa Romana de Parreitas, situada nas colinas do Bárrio e debruçada sobre a antiga Lagoa da Pederneira, é testemunho de uma ocupação humana que se prolonga entre os séculos I e IV, sendo herdeira de uma tradição que remonta, pelo menos, ao Calcolítico.

Já referenciada por Vieira Natividade (professor Alcobacense) nos finais do século XIX, a Villa torna-se objecto de escavação e estudo sistemático a partir de 1980, sob a direcção do prof. Doutor Pedro Gomes Barbosa (Instituto de Estudos Regionais e do Municipalismo Alexandre Herculano - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Apoiadas na riqueza da antiga Lagoa da Pederneira, a noroeste, e na produtividade agrícola dos campos que as marginalizam a sul, foi possível àquelas populações desenvolverem uma economia autónoma, que lhes permitiu estabelecer relações com comunidades geograficamente afastadas. O seu desenvolvimento económico comprova-se também pelas actividades industriais, essencialmente vocacionadas para o consumo local, e das quais destacamos a olaria, a tecelagem e a metalúrgia.

As estruturas arquitectónicas exumadas definem dois edifícios, sendo pelo menos um destinado a habitação. Construídos em alvenaria, ligada com "opus" e atravessados por três sistemas de canalização, são um claro exemplo de construção local influênciada pela técnica romana. O seu interior, estruturado em redor de um pátio central, apresentava vários muros decorados com estuque pintado, sendo o chão coberto de "opus signinum" e, em pelo menos um caso, revestido a mosaico, destruído pelas recentes actividades agrícolas.

O espólio encontrado e exposto no Museu Monográfico do Bárrio, é demonstrativo das diversas actividades dos habitantes daquele espaço, com relevância para as de carácter quotidiano: grande quantidade de fragmentos de cerâmica comum e conchas de moluscos utilizados na alimentação. Paralelamente, surgem alguns objectos em cerâmica de luxo, nomeadamente diversos tipos de "terra sigilata", bem como moedas de bronze, fragmentos de vidro, contas decorativas, asas de "situla", algumas "fibulae" e dois fragmentos de uma inscrição em pedra.

Itinerário: saída do Juncal às 9:00 horas em direcção Senhora da Luz, Maiorga, Boavista, Alcobaça, Vestiaria, Barrio, Valado dos Frades, Casal d`Areia, Povóa, Cós e Juncal.
Tempo de andamento: 3:20 Horas
Kms percorridos : 45 Kms

Boas fincadas...

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